domingo, 13 de abril de 2008

A Breve (porém bela) História de Jenipapinho Silva

Jenipapinho Silva cresceu na casa da família em Santos Postes – MG. Lá moravam ele, a mãe, o pai, a mãe da mãe, a mãe do pai, o pai da mãe, o pai do pai, o irmão da mãe, a mulher do irmão da mãe e a irmã do pai.

Jenipapinho gostava de biscoito e era um garoto muito inteligente, mas não muito esperto. Sabia toda a tabuada do sete, mas não conseguia convencer a mãe de que o vaso da sala caiu no chão e quebrou-se porque sua avó (dele, não dela) o acertou com sua dentadura (dela, não dele) ao tentar morder à distância um brownie abandonado na mesa de jantar.

Jenipapinho também não conseguia convencer ninguém (exceto seus amigos Xande, Fróid e Bílio) de que ele era destinado a ser um herói e mártir num planeta distante, localizado nos confins do universo.

Essa história foi contada várias vezes ao longo dos 11 anos de Jenipapinho, porém ele realmente não conseguia convencer ninguém a acreditar nela (exceto seus amigos Xande, Fróid e Bílio).

Até que um dia, ou melhor, uma noite, na noite do dia 23 de Outubro de 1989, Jenipapinho Silva despediu-se de sua mãe, seu pai, a mãe de sua mãe, a mãe de seu pai, o pai de seu pai (o de sua mãe morrera ano passado), o irmão de sua mãe, a mulher do irmão de sua mãe, as filhas do irmão de sua mãe, a irmã de seu pai, o marido da irmã de seu pai, o cachorro Bigby e de seu gato sem nome (ele nunca vira sentido em dar nome à um animal que não atende por ele). Disse que havia chegado a hora, e que estava de partida para o planeta distante, nos confins do universo, onde seria, um dia, herói e mártir.

-Dorme bem meu filho, lembra que amanhã ocê tem que acordar cedo pra missa do seu avô – foi tudo o que disse sua avó.

E ele partiria sem saber porque sua avó sempre o chamava de “meu filho”, sendo ele seu neto.

No meio da noite, a casa toda acordou com um grande clarão, que irrompeu nas janelas dos quartos e durou 5 segundos. A casa voltou a dormir, achando se tratar de um relâmpago, embora houvesse a ausência de barulho.

No dia seguinte, tudo o que havia na cama de Jenipapinho Silva era um bilhete, onde as palavras “Até mais, e obrigado pelos biscoitos” estavam escritas à caneta esferográfica vermelha.





(Agradecimentos: Valeu Luis Fernando Verissimo, valeu Douglas Adams)

3 comentários:

Starkiller disse...

acho q o clarão foi ele enfiando o dedo na tomada
e pq ele sumiu? nao sei, mas acho q ele virou um broniew quando ele enfio o dedo na tomada

Jo disse...

Ele provou que era capaz....

BANNED disse...

so long, so long... and thank's for all coockies

cara, tu tá escrevendo cada vez melhor...

tomara que tenha biscoitos nesses planetas nos confins do Universo