segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Se você tivesse que indicar um livro hoje...


Alguns livros prendem nossa atenção. Lemos sem perceber que o tempo está passando.

O último livro que me prendeu dessa forma foi: A sombra do Vento, de Carlos Ruiz Zafón. Um belo exemplo literário que proporciona uma leitura agradável. Uma história contada em prosa que inclui ação, romance, humor e suspense – uma opção para todos os gostos.

Mesmo conhecendo pouco da obra de Carlos Ruiz Zafón, atrevo-me a comparar A Sombra do Vento aos suspenses românticos do mestre Edgar Allan Poe, referindo-me ao clima que é criado em algumas partes da história, e aos cenários.

A sombra do vento, conta a história de Daniel Sempere. Aos 11 anos de idade, seu pai o leva a um lugar mágico, o Cemitério dos Livros Esquecidos. Poucos sabem da sua existência, e todos que passam por lá, tem por obrigação resgatar um dos livros que estão lá. Segundo a história, cada livro carrega consigo, parte de quem já o leu, então resgatando um desses, estaria resgatando muito mais do que o livro em si.

Daniel Sempere fica fascinado com a história do livro que resgatou (A Sombra do vento), e decide pesquisar mais sobre a vida do autor (Julián Carax), e acaba descobrindo que há muito mais mistério e perigo nisso do que ele previa, e que de certa forma, a história de Julían está ligada à dele próprio.

Não posso deixar de falar sobre Fermín Romero de Torres. Um ex mendigo, que foi ajudado por Daniel e seu pai. Ele é um exemplo de força de vontade e otimismo que deveria ser seguido, é o responsável pelo toque de humor do livro. Com sua forma pessoal de enxergar a vida, ao seu modo, ensina várias coisas a Daniel – uma das muitas citações do sábio Fermin: "O destino costuma estar na curva de uma esquina. Como se fosse uma lingüiça, uma puta ou um vendedor de loteria: as três encarnações mais comuns. Mas uma coisa que ele não faz é visita em domicílio. É preciso ir atrás dele”.

Fermin ajuda Daniel em sua busca pelo passado de Julián Carax, e também, a tentar descobrir quem é um misterioso incendiário que anda destruindo os raros livros que ainda existem de Julián.

A Sombra do Vento é um livro de 2006 (eu cheguei um pouco atrasada), na época ganhou vários prêmios literários e até hoje recebe elogios de críticos (e quem se importa com eles?!) e leitores, não que isso valha alguma coisa, afinal, cada um tem sua opinião. Mas com certeza se eu tivesse que indicar um livro pra alguém hoje, seria esse.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Genealogia do improvável

foto resgatada por mim em uma pesquisa de campo, a data é imprecisa, mas evidencia o casamento de Adamastor e Rogéria

Ganimedes teve quatro filhos, sementes fracas, três deles morreram antes dos 12.
O menos fraco deles, que viria a ser o terceiro, por ordem de nascença, teve um filho, também chamado Ganimedes.
Ganimedes Neto, era estéril, feio, e magro como um rato, sendo assim, adotou um menino de rua, que foi chamado de Eustáquio.
Eustáquio cresceu menos fraco e menos feio que seu pai adotivo, conseguindo assim, uma mulher e com ela gerou Adamastor e Pompílio.
Adamastor matou Pompílio e roubou-lhe a namorada, Rogéria, com quem casou-se, e mais tarde geraram Ana Flávia e Silvina.
Silvina virou freira, e de Ana Flávia não tenho notícias desde o dia em que entro naquele Gordini preto, na rua dos Oboés.
Carlos da Cruz, o filho bastardo e esquecido de Adamastor, virou um gangster de sucesso, teve sete crias, todas com mulheres diferentes e todas com nome de santos.

Estes tiveram destinos variados...

Antônio tentou seguir a carreira do pai e foi preso num roubo a uma fruteira.Diz-se por aí que por lá sucumbiu ao tentar enfrentar Trevis "Troll" Torrance.

Miguel cresceu atormentado e infeliz, certo dia, numa ataque súbito de piromania, pôs fogo na casa em que morava, no bar ao lado de sua casa e em três cães que por ali passavam...foi internado no Asilo Linkovitz, onde morreu sufocado pelo próprio vômiito.

Malaquias afastou-se da vida bandid e da insanidade; se tornou advogado, advogado fracassado diga-se de passagem, e não conseguiu se quer ajudar Antônio a abrandar sua pena.Viveu e morreu num passo lento, de zumbido de ar condicionado.

Isabel enamorou-se de Roberto, capanga de seu pai, com quem fugiu para o México e viveu feliz com o criminoso, abriram uma loja de sapatos e viveram nos fundos da Igreja de San Hidalgo por muitos anos.

João tentou carreira de ator, seu papel mais notável foi como coadjuvante de um filme de drama...representava um livreiro que dava o troco ao galã em questão.João nunca aprendeu a ler, e confundia a maioria das cores, morreu ao tentar atravessar a rua, confundiu-se no semafaro e foi fatalmente atropelado por um caminhão frigorífico num sábado ensolarado.

Silvana sofreu as consequências da fuga de sua irmã, Isabel, que na ansia de ser feliz, jamais soube que Adamastor só permitiu Silva de por os pés para fora de casa depois da moça completar trinta e dois anos...Silvana jamais casou, e nem mesmo sei de que veio a falecer.

Matheus, o mais novo, tornou-se carteiro, teve mulher e filhos, um gato e uma telivisão, dores nas costas, contas para pagar e um certo receio quantos as idéias "da juventude"...assim sendo, morreu de tédio depois de 40 anos de serviçoes prestados ao Correio Municipal.


E tudo aconteceu em Carbonec, por tanto, não me chateie.

Klaus, Outono e Inverno




Os que conhecem Klaus o chamam de "sucestível", sucestível ao clima.

Quando chove uma garoa fina, ele fica triste...
Quando o dia nasce ensolarado, ele está todo sorriso e riso.
Quando vê as primeiras nuvens da tempestade, torna-se intratavel, irritadiço.
Quando o vento frio do Outono faz cair as folhas das macieiras, lá vai Klaus, melacólico pelas ruas.
Quando as nuvens toldam o Sol e tudo fica estático, Klaus é calma e serenidade.
Se a névoa umida das noites de Inverno se fazem presentes, um homem soturno surge em sua pele.


Já faz tempo que as previsões meterológicas da cidade não passam que palpites sem credibilidade.

Por mais errôneas que sejam as previsões na televisão...o pequeno homem nunca é pego de surpresa...

Mal sabe o pobre símio, ou seus amigos que o julgam...mal sabem o que dizem os anjos que andam sobre o piso de prata...

"Là está Klaus!! Lá está a encarnação do Deus do Clima!! Que com seu humor, comanda os raios, as nuvens e o fogo!!"

sábado, 26 de janeiro de 2008

A Pior Banda do Mundo


Quem se importa que seja a pior banda domundo, se é uma das maiores obras da atualidade ??

É sempre bom experimentar coisas novas, garanto que tua mãe te dizia isso, pelomenos pra te fazer comer brócolis ou alguma coisa assim.Pois bem, motivado por essa frase (e por certa falta do que fazer) resolvi ler essa obra que a princípio, me chamou a atenção penas pelo nome.

Agora, depois de ter lido o primeiro volume, chamado "O Quisque da Utopia", me sinto entusiasmado...preciso encontrar as mais coisas escritas pelo tal José Carlos Fernandes!! Esse maldito lusitano escreve com uma mistura de melancolia e irrealidade que eu nunca tinha experimentado antes.

Os personagens solitários e frustrdos andam pelas ruas de uma cidade sem nome, vivendo histórias surreais e imperceptíveis...Como o grupo de amigos que da nome ao título de A Pior Banda do Mundo, apesar de ensaiarem juntos há 29 anos, nunca conseguiram fazer com que todos tocassem a mesma música.Poderia falar sobre o bibliotecário atormentado por não saber quais livros salvaria se ouvesse um incêndio em seu local de trabalho; ou na empresa que se dipõe a apagar as memórias indesejaveis dos seus clientes...Mas me estender sobre as histórias seria encurtar o divertimento dos possíveis leitores...



Este foi um post curto e rápido (uma resenha, eu imagino).

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

O Coringa ?? Ah!! Morreu

"O ator australiano Heath Ledger, de "O Segredo de Brokeback Mountain", foi encontrado morto em seu apartamento em Nova York, segundo informação dada pela polícia da cidade à CNN. Há indícios de que a morte estaria relacionada ao uso de drogas. Segundo o site da NBC, o corpo do ator estava rodeado de pílulas.

Paul Browne, porta-voz do Departamento de Polícia de Nova York, disse que Legder tinha uma massagem marcada para seu apartamento em Manhattan. Uma empregada que foi avisar da chegada da massagista encontrou o ator morto às 15h26, horário de Nova York. "Ele foi encontrado inconsciente no apartamento e depois declarado morto", disse Browne.

Com apenas 28 anos, Ledger era considerado um dos principais atores de sua geração. Além de "Brokeback Mountain", pelo qual foi indicado ao Oscar, ele participou de filmes como "O Patriota", "A Última Ceia" (em que fazia o papel do filho suicida do personagem de Billy Bob Thornton), "Os Reis de Dogtown", "Casanova", "Não Estou Lá" (no qual interpretou Bob Dylan) e o inédito "The Dark Knight" (novo filme do Batman, em que faz o papel de Coringa).

Logo após o anúncio da morte, uma pequena multidão de curiosos e paparazzi reuniu-se nas proximidades do prédio do ator no bairro do SoHo, onde vários policiais guardavam a porta de entrada.

Ledger deixa uma filha, Matilda, fruto de sua relação com a atriz Michelle Williams, que conheceu em "O Segredo de Brokeback Mountain" e com quem ele foi casado de 2005 a 2007."

Copiado e colado do tópico criado pela Renathka, lá do FARRA...

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Última viagem

Eu sempre gostei muito de viajar. Quando sai da casa dos meus pais, eu simplesmente coloquei o pé na estrada e tem sido assim desde então. Faço pequenos trabalhos nas cidades que paro quando preciso de grana. Não posso reclamar de nada, eu amo essa vida que escolhi.

Numa dessas minhas andanças acabei em um vilarejo, onde tudo era muito rústico e as pessoas muito humildes, simples e de bom coração, que recebem com cordialidade seus visitantes. São do tipo de gente que sempre tem uma história para contar.

Assim que cheguei, hospedei-me na única pensão que tinha lá. Um lugar até simpático, apesar de estar um tanto sofrido com o efeito do tempo. Coloquei minhas coisas no quarto e sai para dar uma volta. Logo, conheci dois senhores bem faladores, como se esperassem apenas um forasteiro como eu para contar suas histórias.

Um deles, bem mais falador que o outro, contou-me tudo o que uma pessoa deveria saber sobre aquele lugar, até poderia ser guia turístico dali, se é mais alguém além de mim arriscava por aquelas bandas...

Uma das histórias contadas intrigou-me de verdade. Sabia que era apenas uma velha lenda contada por um morador de um lugar antigo, mas ainda assim, o medo era eminente nos olhos de ambos os senhores, tanto no que me contava, quanto no outro que vez ou outra insistia que aquilo não era uma boa história a ser contada.

A história falava sobre um vampiro que supostamente existe ali. É um vampiro diferente dos convencionais, ele não se alimenta de sangue, e sim da vontade de viver de cada pessoa. Ele não mata suas vítimas, depois de tirar a vontade de viver, a pessoa acaba se matando posteriormente, não precisa matar ninguém e nem pode, ele não pode “sugar” a morte, por isso precisa deixar suas vitimas vivas. Tem algumas semelhanças com os vampiros tradicionais, como a crueldade e a frieza na sua forma de agir. Ele também nunca se mostra na luz do dia. Mas as semelhanças acabam aí... Bala de prata, alho, ou qualquer outro objeto sagrado... Nada disso o atinge. Só o que pode matá-lo, é a falta de alimento. Nesse caso, sem a vontade de viver que tira das pessoas, ele acabaria se matando como suas vítimas.

Terminei de ouvir aquela história me sai com a desculpa de estar cansado e querer deitar um pouco, quando na verdade eu queria mesmo era começar a escrever. Sempre ando com um caderno e um lápis onde costumo anotar algumas coisas que acho interessantes nessas minhas viagens. Havia certo tempo que fato nenhum ocupava lugar nessas folhas, mas essa lenda do tal vampiro merecia com certeza seu espaço no meu caderno.

Anotei tudo com o máximo de detalhes que consegui lembrar. Fui dormir naquele dia com aquela história na cabeça. No outro dia, assim que acordei, tive a impressão de ter sonhado com gritos, pedidos de socorro, foi horrível. Mas como geralmente nunca me lembro dos meus sonhos, não dei muita importância. Os dias naquela cidade não passavam se arrastavam. Mas eu até estava gostando dali. São pessoas que realmente sabem acolher muito bem seus visitantes.

Uma semana já tinha se passado desde que cheguei ali. Comecei a seguir até involuntariamente uma rotina. Acordar, tomar um banho, descer, tomar café, conversar com meus novos amigos. Passar um dia tranqüilo de marasmo, vez ou outra passear um pouco e dormir. O lugar não nos permitia mais. Mas nesse dia foi diferente, a cidade amanheceu agitada. Pessoas andando com pressa, algumas chorando, outras falando baixo entre si. Mas todos visivelmente chocados, embora não parecessem surpresos.

Arrisquei perguntar a alguém o que estava acontecendo e pela primeira vez desde que cheguei ali, fui tratado com antipatia e até certa grosseria. A menina limitou-se a me dizer: “Não é da sua conta o que acontece aqui. Vá embora se possível ainda hoje, é para o seu bem”.

Diante daquela reação, minha curiosidade ficou mais aguçada ainda, é eu sei, deveria ter ido embora, mas não conseguiria ir sem saber o que estava acontecendo.

Fui falar então com meu amigo, Sr Adolfo, o mesmo que contou várias histórias no dia da minha chegada. Ele com certa insegurança, sem saber se estava agindo de forma certa ou errada, contou-me tudo o que estava ocorrendo, o porquê daquela correria toda.

-Ele atacou novamente.

-Ele? Ele quem?

-Não se lembra da história que te contei...

-O senhor fala do Vampiro?

-É sim meu filho. A jovem moça foi atacada uma semana atrás, e hoje ela se matou com a faca de cozinha de sua mãe.

Nesse momento, lembrei-me do sonho que havia tido, lembrei dos gritos e de todo o desespero. Não seria sonho então, foi tudo real.

-Mas não pode ser possível – disse eu – um Vampiro! Sinceramente senhor Adolfo, eu não acreditei muito nessa história, e acho que deve ter alguma explicação mais plausível para o suicídio dessa menina, e até para os gritos dela uma semana atrás.

-Eu também gostaria de não acreditar. Gostaria que fosse tudo apenas uma história de um vilarejo antigo, uma simples lenda. Mas eu sei bem o que vi meu filho. E era bem real. Aquela moça estava apavorada quando a encontramos. E atrás dela veio aquela “coisa”. Talvez, procurando mais alguma vítima, não sei. Na hora que ele viu tantas pessoas juntas voltou pra mata de onde veio.

Eu sei que pode parecer insanidade minha, mas comecei a acreditar naquilo tudo e perguntei como ele é.

O senhor Adolfo me disse que não dava para saber ao certo como era o Vampiro. Ele só aparece nas horas mais escuras. Mas que de longe, parecia um homem, com toda a carne do corpo morta, cinza, com aparência podre. Anda curvado, como se não conseguisse ficar de pé com o tronco ereto. É extremamente magro e não é muito alto. As vitimas jamais falaram dele, e também nuca ninguém pergunta, seria aumentar mai uma dor que já era enorme.

O enterro da menina foi discreto, estavam presentes apenas familiares, que eram poucos e alguns moradores mais próximos da falecida. Observei tudo de longe, sabia que não seria bem recebido ali, caso me aproximasse.

Percebi que não era mais bem vindo e que minha estadia ali tinha acabado quando praticamente me expulsaram da hospedaria onde eu estava. Arrumei minha mala e pretendia ir embora ao amanhecer. Mas aquela história ainda atiçava meu interesse. Peguei meu caderno e sai para andar um pouco antes de ir dormir, quem sabe não conseguiria mais alguma informação do seu Adolfo ou de outro morador, mas as ruas estavam desertas. Não havia ninguém para conversar, andei durante mais ou menos meia hora e não vi ninguém. Até a famosa pracinha aonde todos iam a essa hora da noite estava vazia. Voltando frustrado para a pensão, fui abordado por um homem que nunca tinha visto por ali. Ele perguntou se eu queria saber mais sobre o Vampiro. Sabia que era errado, mas disse que sim e segui esse homem para que ele me contasse tudo que sabia. De repente um sono louco tomou conta de mim, eu estava andando e tentando prestar atenção no que o homem falava, mas não conseguia, o sono era imenso.

Eu apaguei e quando acordei estava aqui nesse lugar onde me encontro até agora. Acho que é uma caverna, mas já não importa mais. Ele está na minha frente, olhando-me com frieza e curiosidade a cerca de três metros de distancia. Sentado, encostado em uma pedra. Não, eu não estou falando do homem que me abordou, estou falando do Vampiro. O homem sumiu, acho que jamais saberei quem ele era. Talvez fosse o próprio Vampiro, talvez não.

Sei que deveria ter ido embora antes, sei que não deveria nunca ter saído atrás de informações que me seriam tão inúteis quando eu já não estivesse mais nesse vilarejo, sei que não deveria ter acompanhado ninguém. Assumo meus erros e as conseqüências dos meus atos. Incrivelmente esse pedaço de carne quase morta que está olhando para mim, não me desperta medo. Estou narrando minha história, enquanto ele continua me encarando com esses olhos amarelados, agradeço ao menos ter saído da pensão com meu caderno e meu lápis. Mal tenho forças pra escrever, uma fraqueza anormal tomou conta de mim, não consigo fugir. Encerro, portanto minha narrativa, ele se aproxima de mim devagar, quase se rastejando e sem desviar nem por um segundo os olhos. Não me resta mais nada a fazer... Ele está vindo e eu estou acabado.

MPB DO FUTURO ?? (ou underground do presente)

Você conssegue imaginar que um dia essa figura aí em cima possa ser considerada um dos alicerces da música nacional ?


Quando se fala em "música brasileira", as pessoas devem pensar em caras "consagrados" (que na verdade são chamados assim por uma minoria pseudo-inteclectual) como Caetano Veloso, Gonzaguinha, João Bosco, João Gilberto, Toquinho, Tom Jobim e outra infinidade de nomes dos quais eu não saberia citar a letra de nenhuma mísera música, mas que ainda assim são conhecidos...Notei que a música nacional sofreu uma transformação bem grande nos últimos anos (claro que pra não sermos assim tão pragmáticos, podemos dizer que essa mudança vem ocorrendo lentamente há um bom tempo), já notaram as bandas que vem surgindo ?

Não só "estão aí" como fazem um certo sucesso!! Culpa do avanço tecnológico, claro, midias derrubando uma tonelada de informação na gente...mas o caso é que essas bandas não tem NADA em comum, é uma nova onda, mas não é new wave, não é grunge, punk, gótico, sertanejo ou qualquer outro termo que possa enquadralas de forma geral ou pessoal.São bandas que eu, no alto da minha inteligência, só poderia definir como "bizarras"...no próximo parágrafo vocês vão entender exatamente do que eu tô falando.

Vejam esta nossa safra de demência musical!! Vejam como é linda e única cada uma dessas bandas um tanto non sense...Cansei de Ser Sexy (sem sombra de dúvidas a mais cult e conhecida, que faz mais sucesso lá na Europa que aqui...mas quando vem é pra tocar nesses eventos "cools" como o Tim Festival) ; Rogério Skylab (é, é o aquele cara maluco que aparece no Programa do Jô, e faz músicas com uma certa escatologia lírica...só da pra definir assim mesmo) ; Zumbi do Mato (que já passou pelo selo da "Qualé Maluco Records" do Bnegão, mas atualmente está na "Tamborete", os caras critícam nossos costumes de forma tão sútil e engraçada que é difícil entender) ; UDR ( auto intitulados uma banda de "pagodão anti-cósmico da morte", eles chingam e ofendem como nimguém na música jamais fez, o alvo favorito deles é a Igreja, mas também adoram falar mal dos ouvintes), enfim...já tô aqui a certo tempo e nem citei o Móveis Coloniais de Acaju ou do Carnal Designer...sempre vai ficar uma banda de fora dessa listinha..mas é só pra entenderem como temos nas mãos uma oportunidade única de:

1) aproveitar esses artistas únicos e essa forma (quase que) inovadora de fazer música

ou...

2) fazer como nossos avós, torcer o nariz e sair da sala


Possivelmente foi outro post confuso e desnecessário, mas tô me esforçando pra que fique melhor...e pra tanto, vamos para a conclusão...

Em 2040 quando eu for um velho canceroso e saudosista, não vou ouvir "Aquarela do Brasil", e sim "Cadê meu pau" do Skylab...vejam bem!! Depois dessa eu me obrigo a ir embora!!

PS: meu download do cd do Zumbi do Mato já tá quase acabando.

sábado, 19 de janeiro de 2008

A Família Dinossauros


Cara, é foda achar assunto pra postar em blog. Acho que hoje mais do que nunca eu admiro o povo que sustenta blog com postagem diárias por tantos anos...

Bom, depois de muito refletir, procurar inspiração e o caralho a quatro, acho que encontrei um assunto legal. Um seriado que fez parte da infância de todos na minha geração (infância nos anos 90), a grandiosa Família Dinossauros (pode ser Família Dinossauro também, o povo é que manda)!

Caralho, quantas horas da minha vida eu não gastei assistindo o Baby dando paneladas na cabeça do Dino, gritando "não é a mamãe", vendo o Bobbie questionando a sociedade, a Zilda enchendo o saco do Dino, e por aí vai. Eu me divirti muito assistindo, acho que tinha umas 3 fitas VHS com episódios. E de repente isso sumiu da minha vida, com um hiato de vários anos sem nem lembrar que existia.

Até que uma noite assistindo a Band há uns 2 anos atrás, vi que eles estavam passando de novo. Meu Deus, que puta nostalgia que veio conforme eu assistia! Se me perguntassem antes, eu não saberia descrever quase nada dos episódios, mas agora, conforme eu ia assistindo ia lembrando exatamente o que acontecia, por vezes lembrava inclusive da miha reação ao assistir os episódios quando era pequeno.

E o mais legal de tudo isso, foi perceber como agora o seriado fazia muito mais sentido pra mim. Cara, aquilo diverte crianças, mas também tem umas críticas fodas demais, em cada episódio você vê eles destruindo o padrão "American Way of Life"! E é impressionante como um sitcom de 1991 (à 1994) pode se manter atual depois de mais de uma década.

Um dos meus epoisódios preferidos, é o 42(de 1993), "O Casamento de Roy", cujo nome em inglês, muito mais interessante, é "Green Card". Nesse episódio, Pangéia entra em crise, Dino e Roy são demitidos de sesu trabalhos. Procurando um bode expiatório, o governo coloca culpa nos dinossauros quadrúpedes! Bem, a situação é a seguinte: os quadrúpedes, oriundos de outra parte do continente, vêm atravessando o mar (ou rio, não me lembro) que separa essas partes, se tornando imigrantes, que acabam por "roubar os empregos dos bípedes", aumentar a miséria, etc. O governo então, proíbe a permanência dos quadrúpedes, a não ser que sejam casados com um bípede, e começa a mandá-los de volta. Inicia-se a construção de um muro para evitar a travessia. Muitas pessoas inclusive morrem na construção do muro, se não estou enganado. Bom, na frente desse background tem o drama da Monica (aquela pescoçudona, amiga da Fran), que, para não ser exilada, aceita se casar com Roy (que é fudidamente apaixonado por ela). O Dino, cabeça-dura, obviamente acredita no governo, e se colocoa contra isso.

Lembra algum fato da política americana?

Outro episódio muito foda, é o 31, "Censura na TV" ("Baby Talk"), em que o Dino, revoltado com os "palavrões" que Baby aprende com a TV, forma um grupo de pais e vai falar com as autoridades a respeito. As "autoridades", personagens engraçadíssimos, claramente sem inteligência alguma, acabam gostando da idéia de censurar ("hei, pra que censurar só palavras? vamos censurar idéias também!"), e soltam uma lista com itens agora "proibidos". É engraçado ver o pessoal do trabalho do Dino lendo a lista ("agora o número 8 está proibido. Devemos contar 5, 6, 7, não é 7, 9, 10"). No final, o Dino se arrepende da sua ação, e diz que é melhor que os pais eduquem seus filho, não devem deixar esse trabalho para a TV.

A "Guerra do Pistache", episódio em duas partes, também é bem legal, crítica fudida à mania de guerra americana, mostrando o desespero da família quando Bobbie é convocado. O motivo da guerra é que os bípedes acabaram ficando sem pistache devido à uma crise.

Também não se deixa de lado costumes toscos, lá representados pelo Dia do Uivo, o Dia do Arremesso, o Dia da Geladeira, entre outros. O machismo também é bastante abordado.

Enfim, tem um porre de coisa legal na Família Dinossauros, não é só mais um seriado infantil débil-mental, e nem se esforça pra parecer educativo sendo mala. Como dizem, é pra "crianças" de oito a oitenta anos.

Vale a pena conferir, e se você já o via na infância, vale a pena correr a trás novamente, dá pra aprender bastante =)




Yeh, o difícil é achar um assunto pra postar, depois que se acha o negócio flui.
Acho que tô gostando disso.



by zarpimpao =]

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

O MOTIVO DE "NUVEM DO CAOS"


Pode, dizer, é um nome meio fraco, não ?? Uma coisa meio besta...um tanto clichê ("clichÊ" nas palavras de um amigo)...Mas o caso é que estava eu há alguns dias procurando uma bom nome para o meu mais novo blog com coisas supéfulas e desinteressantes..."Raciosímo", e "Antimatéria" já tinham sido usados...oque me foi meio frustrante.Então, lendo um tópico sensacionalista em uma dessas comunidades do orkut, vi uma matéria que falava sobre uma "Nuvem do Caos" descoberta pela NASA, a tal nuvem seria composta por partículas que haviam sido alteradas, por estarem muito próximas a um buraco negro; mas oque realmente nos interessa é que a nuvem destruiria tudo oque tocasse, planetas, cometas e asteróides, todos virariam pó...e segundo estudos mais detalhados a rota da Nuvem apontaria direto para o nosso (nem tão) amado planetinha azul.

Segundo as informações, no ano de 2014, quando o relógio marcar 9h15min, a nuvem chegara a Terra e seja com estrondos ou com gemidos, será o nosso fim.Mas se você vive no mesmo mundo que a maioria das pessoas normais, vai desacreditar a teoria e/ou suas fontes (um tablóide que nem vou me preocupar em escrever o nome). A muito eu venho sonhando (sonhando no sentido mais literal da palavra) com o fim das humanidade e de tudo que ela construi e representa. Claro, que se escaparmos da Nuvem do Caos, haverá a falta d'água, a exploração irracional dos demais recursos naturais, guerras bacteriológicas ou até mesmo (segundo uns poucos "especialistas") uma invasão de alienígenas da quarta dimensão...não vamos poder passar ilesos por todas essas ameaças (seria presunção e ingenuidade demais). É assim que as coisas parecem ser, surgem os impérios, eles atingem um ápice, declinam e morrem...se levarmos esse fato a uma escala maior, só nos resta uma pergunta: a raça humana já atingiu o seu ápice?? já começa a decair ?? (não vou deixar este paragrafo acabar com perguntas retóricas, seria muito piegas)

É incrível como eu consigo divagar tanto, quando a única finalidade deste post era esclarecer (seja lá pra quem), o motivo do nome do blog e o tipo de coisa que vamos postar por aqui no futuro...mas como diriam os Replicantes "o futuro é um tempo, reticente..." E o que está por vir vai ser uma surpresa para mim também.

Mas, para finalizar logo, peço sinceras desculpas para as pessoas que notaram os meus erros e discordâncias no texto, português definitivamente não é o meu forte 9desvirtuar textos, nisso sim sou ótimo); mas agora preciso ir, tenho um computador para reiniciar e preciso de um banheiro urgentemente.

Obrigado pela preferência e volte outras vezes...

(Acabei de notar que NADA do que eu disse ali em cima realmente explica o motivo do nome deste lugar, mas como tanto você, quanto eu já estamos cansados dessa palhaçada, vou ser bem sucinto: por que aqui as coisas são sem sentido também, e um dia nós vamos acabar com toda a humanidade, nem que seja matando todos de tédio com esses meus textos que falam e falam, mas não dizem nada)