Com o fim da Crise Infinita, a Mulher-Maravilha adotou a identidade secreta de Diana Prince e passou a viver entre os humanos, trabalhando para o Departamento de Crimes Meta Humanos (ou algo do tipo), e as primeiras edições deste terceiro volume iam por um caminho levemente interessante, mas não durou muito, pois na edição 6 começou um desarranjo de idéias chamado "Ataque das Amazonas" que durou (contando com tie-ins) eternas 32 edições; agora, vistam seus jalecos e ponham suas luvas, por que nós vamos analisar melhor está merda.
A treta toda começa quando a Mulher-Maravilha é presa e levada sob custódia do DCMH (sério, não lembro se é esse o nome, mas é algo assim), Diana deveria responder sobre o assassinato de Max Lord (aconteceu na Crise Infinita), mas os carcereiros da mulé se mostram bem mais interessados em descobrir os segredos de guerra das amazonas. Vocês sabem, toda aquela bobagem de "militar fodão inescrupuloso".
Enquanto a banderosa leva um atraque dos homi, Circe, uma antiga inimiga, revive a mãe da Diana, Hipólita. e contra pra ela (Hipólita, porra) que sua querida filha está presa injustamente "no mundo do patriarcado"; a véia fica puta e se manda pra Washington com seu gigantesco exército, digno de Senhor dos Anéis, pra recuperar a fedelha, e por à baixo os Estados Unidos...
Aqui já aparece o furo mais estranho da saga: Quer dizer que a Hipólita, (que foi a Mulher-Maravilha da era de Ouro) tem um pavio tão curto que é capaz de, por um motivo tão "banal", comprometer não só à si mesma, mas a toda a nação de Themiscera ? Eu sempre pensei que heróis convivecem com situações tensas 24 horas por dia, e não cedessem fácil assim. Outra coisa absurda: A velha manda descer o cacete até contra os civis (incluindo crianças)... Tenho certeza que os roteristas da Era de Ouro ainda estão se retorcendo em seus túmulos. Engraçado permitirem uma discarcterização tão grande na Hipólita, mas nunca terem feito nada tão boçal com o Jay Garrick ou com o Alan Scott; que são personagens da mesma época, mas que continuam populares hoje em dia.
Outra falha de roteiro: podiam ter aproveitado o fato da Hipólita ter feito parte da Sociedade da Justiça e terem colocado ela, cara à cara com seus antigos parceiros, num duelo físico/moral. mas não aconteceu. Muitos personagens participam da guerra, mas só estão lá para serem pintados no fundo do quadrinho, somente Batman, Mulher-Maravilha, Supergirl e Moça-Maravilha intervém de forma verdadeira na história.
Continuando... Mesmo depois de Diana ser libertada, hipólita continua sua guerra contra o mundo, que agora tem uma nova finalidade: Dominar os Estados Unidos. Daí pra frente é que a batalha, e as bobagens acontecem, com os roteristas repitindo a veeeelha fórmula da "guerra em casa", evocando o espírito patriótico dos leitores ranhetas, ou então, mostrando o "outro lado" com um monte de retóricas bestas sobre direitos humanos e outras besteiras de quem fuma Camel. Nada contar roteristas que falam sobre patriotismo ou temas polêmicos, mas no caso desta saga, nenhum destes elementos contribuiu pra se contar uma boa história.
Então, em Washington, um exército de amazonas enfrenta maiores heróis da terra... e é isso. Não vou contar mais que isso, pra não estragar a "diversão" pra quem futuramente ler o arco (duvido muito que mais alguém vai ser tão burro quanto eu).
Uma coisa muito interessante é o fato de que quando Diana volta pra Themiscera, durante a batalha, se depara coma ilha VAZIA, sem se quer uma alma viva... Não há necessidade de quadrinhos serem tratados de antropologia, mas, alguém consegue achar viável uma sociedade onde TODOS seus cidadãos são guerreiros ? E mais, os ciclopes, as hidras, pegasos e leões que ajudam as amazonas vivem ONDE na ilha ? Esses detalhes "técnicos" são menores, mas quando se juntam aos furos do roteiro, faz você agradecer por ter baixado o scan e não ter pago um puto centavo pela revista.
Baixei tudo no DarSeidClub, os caras tem tudo em mediafire e com a cronologia bem organizada. Nota 10 pros caras (y).
PS: O mais perto que Ataque das Amazonas chaga de ter uma boa história é a edição 20 da Supergirl, que traz um roteiro bacaninha e um desenhista bem bacana.
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