quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Fotos que entraram para a história

A imagem de Che

A famosa foto de Che Guevara, conhecida formalmente como "Guerrilheiro Heróico", onde aparece seu rosto com a boina negra olhando ao longe, foi tirada por Alberto Korda em cinco de março de 1960 quando Guevara tinha 31 anos num enterro de vítimas de uma explosão.
Somente foi publicada sete anos depois.
O Instituto de Arte de Maryland - EUA denominou-a "A mais famosa fotografia e maior ícone gráfico do mundo do século XX". É, sem sombra de dúvidas, a imagem mais reproduzida de toda a história expressa um símbolo universal de rebeldia, em todas suas interpretações, (segue sendo um ícone para a juventude não filiada às tendências políticas principais).


A agonia de Omayra

Omayra Sanchez foi uma menina vítima do vulcão Nevado do Ruiz durante a erupção que arrasou o povoado de Armero, Colômbia em 1985. Omayra ficou três dias jogada sobre o lodo, água e restos de sua própria casa e presa aos corpos dos próprios pais. Quando os paramédicos de parcos recursos tentaram ajudá-la, comprovaram que era impossível, já que para tirá-la precisavam amputar-lhe as pernas, e a falta de um especialista para tal cirurgia resultaria na morte da menina. Omayra mostrou-se forte até o último momento de sua vida, segundo os paramédicos e jornalistas que a rodeavam.
Durante os três dias, manteve-se pensando somente em voltar ao colégio e a seus exames e a convivência com seus amigos. O fotógrafo Frank Fournier, fez uma foto de Omayra que deu a volta ao mundo e originou uma controvérsia a respeito da indiferença do Governo Colombiano com respeito às vítimas de catástrofes. A fotografia foi publicada meses após o falecimento da garota. Muitos vêem nesta imagem de 1985 o começo do que hoje chamamos Globalização, pois sua agonia foi vivenciada em tempo real pelas câmaras de televisão de todo o mundo.


A menina do Vietnã

Em oito de junho de 1972, um avião norte-americano bombardeou a população de Trang Bang com napalm. Ali se encontrava Kim Phuc e sua família. Com sua roupa em chamas, a menina de nove anos corria em meio ao povo desesperado e no momento, que suas roupas tinham sido consumidas, o fotógrafo Nic Ut registou a famosa imagem.
Depois, Nic levou-a para um hospital onde ela permaneceu por durante 14 meses sendo submetida a 17 operações de enxerto de pele. Qualquer um que vê essa fotografia, mesmo que menos sensível, poderá ver a profundidade do sofrimento, a desesperança, a dor humana na guerra, especialmente para as crianças.
Hoje em dia Pham Thi Kim Phuc está casada, com dois filhos e reside no Canadá onde preside a "Fundação Kim Phuc", dedicada a ajudar as crianças vítimas da guerra e é embaixadora da UNESCO.


Execução em Saigon

"O coronel assassinou o preso; mas e eu... assassinei o
coronel com minha câmara? - Palavras de Eddie Adams, fotógrafo de guerra,
autor desta foto que mostra o assassinato, em um de fevereiro de 1968, por
parte do chefe de polícia de Saigon, a sangue frio, de um guerrilheiro do
Vietcong.
Adams, correspondente em 13 guerras, obteve por esta
fotografia um prêmio Pulitzer; mas ficou tão emocionalmente tocado com ela
que se converteu em fotógrafo paisagístico.


A menina Afegã

Sharbat Gula foi fotografada quando tinha 12 anos pelo fotógrafo
Steve McCurry, em junho de 1984. Foi no acampamento de refugiados Nasir
Bagh do Paquistão durante a guerra contra a invasão soviética.
Sua foto foi publicada na capa da National Geographic em junho de
1985 e, devido a seu expressivo rosto de olhos verdes, a capa converteu-se
numa das mais famosas da revista e do mundo.
No entanto, naquele tempo ninguém sabia o nome da garota. O mesmo homem que a fotografou realizou uma busca à jovem que durou exatos 17 anos. Em janeiro de 2002, encontrou a menina, já uma mulher de 30 anos e pôde saber seu nome. Sharbat Gula vive numa aldeia remota do Afeganistão, é uma mulher tradicional pastún, casada e mãe de três filhos. Ela regressou ao Afeganistão em 1992.


O beijo do Hotel de Ville

Esta bela foto, que data de 1950, é considerada como a
mais vendida da história. Isto devido à intrigante história com a que foi
descrita durante muitos anos: segundo contava-se, esta foto foi tirada
fortuitamente por Robert Doisneau enquanto encontrava-se sentado
tomando um café. O fotógrafo acionava regularmente sua câmara entre as
pessoas que passavam e captou esta imagem de amantes beijando-se com
paixão enquanto caminhavam no meio da multidão.
Esta foi a história que se conheceu durante muitos anos
até 1992, quando dois impostores se fizessem passar pelo casal
protagonista desta foto. No entanto o Sr. Doisneau indignado pela falsa declaração,
revelaria a história original declarando assim aquela lenda: a fotografia
não tinha sido tirada a esmo, senão que se tratava de dois transeuntes que
pediu que posassem para sua lente, lhes enviando uma.
cópia da foto como agradecimento.
55 anos depois Françoise Bornet (a mulher do beijo) reclamou os
direitos de imagem das cópias desta foto e recebeu 200 mil dólares.


O beijo da Time Square

O Beijo de despedida a Guerra foi feita por Victor Jorgensen na
Times Square em 14 de Agosto de 1945, onde um soldado da marinha
norte-americana beija apaixonadamente uma enfermeira. O que é fora do
comum para aquela época é que os dois personagens não eram um casal, eram
perfeitos estranhos que haviam acabado de encontrar-se.
A fotografia, grande ícone, é considerada uma analogia da excitação
e paixão que significa regressar a casa depois de passar uma longa
temporada fora, como também a alegria experimentada ao término de uma
guerra.


O homem do tanque de Tiananmen

Também conhecido como o "Rebelde Desconhecido", esta foi a alcunha
que foi atribuído a um jovem anônimo que se tornou internacionalmente
famoso ao ser gravado e fotografado em pé em frente a uma linha de vários
tanques durante a revolta da Praça de Tiananmen de 1989 na República
Popular Chinesa.
A foto foi tirada por Jeff Widener, e na mesma noite foi capa de
centenas de jornais, noticiários e revistas de todo mundo. O jovem
estudante (certamente morto horas depois) interpôs se a duas linhas de
tanques que tentavam avançar. No ocidente as imagens do rebelde foram
apresentadas como um símbolo do movimento democrático Chinês: um jovem
arriscando a vida para opor-se a um esquadrão militar.
Na China, a imagem foi usada pelo governo como símbolo do cuidado
dos soldados do Exército Popular de Libertação para proteger o povo
chinês:
apesar das ordens de avançar, o condutor do tanque recusou fazê-lo se isso
implicava causar algum dano a um cidadão (hã hã).


Protesto silencioso

Thich Quang Duc, nascido em 1897, foi um monge budista vietnamita
que se sacrificou até a morte numa rua movimentada de Saigon em 11 de
junho de 1963. Seu ato foi repetido por outros monges.
Enquanto seu corpo ardia sob as chamas, o monge manteve-se
completamente imóvel. Não gritou, nem sequer fez um pequeno ruído.
Thich Quang Duc protestava contra a maneira que a
sociedade oprimia a religião Budista em seu país. Após sua morte, seu
corpo foi cremado conforme à tradição budista. Durante a cremação seu coração
manteve-se intacto, pelo que foi considerado como quase santo e seu
coração foi transladado aos cuidados do Banco de Reserva do Vietnã como relíquia.

Espreitando a morte

Em 1994, o fotógrafo Sudanês Kevin Carter ganhou o prêmio Pulitzer
de foto jornalismo com uma fotografia tomada na região de Ayod (uma
pequena aldeia em Suam), que percorreu o mundo inteiro.
A figura esquelética de uma pequena menina, totalmente
desnutrida, recostando-se sobre a terra, esgotada pela fome, e a ponto de
morrer, enquanto num segundo plano, a figura negra expectante de um abutre
se encontra espreitando e esperando o momento preciso da morte da garota.
Quatro meses depois, abrumado pela culpa e conduzido por uma forte
dependência às drogas, Kevin Carter suicidou-se.


The Falling Man

The Falling Man é o título de uma fotografia tirada por
Richard Drew durante os atentados do 11 de setembro de 2001 contra as
torres gêmeas do WTC. Na imagem pode-se ver um homem atirando-se de uma
das torres.
A publicação do documento pouco depois dos atentados
irritou a certos setores da opinião pública norte-americana. Ato seguido,
a maioria dos meios de comunicação se auto-censurou, preferindo mostrar
unicamente fotografias de atos de heroísmo e sacrifício. Ah sim... Mas
eles passaram exaustivamente na TV a morte de Saddam...



Triunfo dos Aliados

Esta fotografia do triunfo dos aliados na segunda guerra, onde um
soldado Russo agita a bandeira soviética no alto de um prédio, demorou a
ser publicada, pois as autoridades Russas quiseram modificá-la.
A bandeira era na verdade uma toalha de mesa vermelha e o soldado
aparecia com dois relógios no pulso, possivelmente produto de saque.
Sendo assim foi modificada para que não ficase feio
para os soviéticos.


Protegendo a cria

Uma mãe cruza o rio com os filhos durante a guerra do
Vietnã em 1965 fugindo da chuva de bombas americanas.


Necessidade

Soldados e aldeãos cavam sepulturas para as vítimas de
um grande terremoto acontecido em 2002 no Irã enquanto um menino segura as
calças do pai antes dele ser enterrado.

***
A diagramação tá terrível, mas pior que ela, só minha preguiça; todos os direitos da postagem para W_Shade (ou para a pessoas que enviou o e-mail pra ele)

Um comentário:

Aluada disse...

São fotos de cenas muito fortes... e as histórias delas então... É incrível como uma imagem pode passar sentimentos como nos casos dessas aí...