Wolverine Noir

Mesmo a Marvel acerta de vez em quando, hein ? A linha Noir, da editora, é um ótimo exemplo.


Pra quem tem 13 anos: "noir" (nu-á) significa "negro" em francês, e alguns filmes policiais e de suspense da década de 30 foram chamados de "film noir" por causa da fotografia, mais obscura, e também por retratar um mundo mais pessimista, onde todos são mentirosos e/ou antipáticos. Aquelas clássicas histórias de detetive, que envolvem uma femme fatale, jazz e narrações em off... Se via aos montes dessas paródias nos desenhos dos anos 80. (Pensando agora, até nisso os desenhos de hoje são estúpidos) Um dos últimos e mais recentes exemplos de estilismo noir, é a franquia de jogos (o filme podia ter ido por esse lado, mas cagou fora) do Max Payne.


Seguindo então... Em, Marvel Noir, vamos ver, obviamente, alguns heróis e vilões numa versão dos anos 30, mas sombria e "realista". A primeira mini-série que surgiu, não podia ser de outro se não do onipresente Wolverine...


O velho canadense é dono da "Logan & Logan", uma agencia de detetives, onde trabalha com o estúpido Cão.
A vida deles é abalada quando aceitam trabalhar para a sedutora Mariko Yashida, investigando a vida de um tal Victor Creed.


Stuart Moore teve a manhã de tirar o Wolverine do pedestal, preservando e atenuando as características mais marcantes do personagem: um homem consumido pela culpa, e que luta pra controlar seu lado mais brutal. A relação dele com Cão, é com certeza a parte mais interessante e humana da história. Falando em humano, o wolvereco tá bem menos fodão nesse universo, e passa as quatro edições só apanhando; mas um pouco e chegava no nível John McClane. O final da história é muito foda, e o Wolverine se fode muito.


Stuart já trabalhou uma pá de vezes com o CP Smith (desenhista), mas dessa vez a sintonia entre os dois tá muito foda.


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